Crise de Convivência: Moradores de Ribeirão Preto Sofrem com Conflitos e Violência em Abrigo de Indígenas Venezuelanos
No bairro Campos Elíseos, em Ribeirão Preto, moradores têm enfrentado dificuldades de convivência com indígenas venezuelanos da etnia Warao, que foram abrigados no antigo prédio do Sesi, localizado na rua Humberto de Campos, 555. As queixas incluem perturbação do sossego devido a músicas em alto volume, brigas constantes, consumo excessivo de álcool e relatos de violência contra mulheres dentro do abrigo, administrado por uma Organização da Sociedade Civil (OSC) presidida pelo Sr. Ricardo Tostes.
A situação evidencia a falha na implementação de políticas públicas eficientes para a migração dos indígenas Warao para o Brasil. Fugindo da grave crise humanitária na Venezuela, muitos desses grupos não encontram suporte adequado para sua adaptação à sociedade brasileira, resultando em conflitos com a população local. A ausência de um plano estruturado de acolhimento e integração faz com que esses indivíduos permaneçam marginalizados, sem orientação sobre as leis e normas que regem a convivência urbana no Brasil.
No último final de semana, moradores foram surpreendidos mais uma vez por uma mulher chorando e sangrando, alegando ter sido violentada no interior do local.
O caso reforça a preocupante realidade de insegurança tanto para os próprios abrigados quanto para a comunidade vizinha. Uma residente, que preferiu não se identificar, desabafou: “Eles não respeitam a vizinhança e acham que estão em suas tribos”, expressando a sensação de desamparo diante da situação.
A Polícia Militar já foi acionada diversas vezes, mas, segundo os moradores, assim que os agentes deixam o local, as perturbações recomeçam.
Em Ribeirão Preto, a perturbação do sossego público é regulamentada pela Lei Municipal nº 1916/1967, que proíbe ruídos, algazarras ou barulhos que perturbem o bem-estar e a tranquilidade pública.
Para que situações como essa sejam resolvidas de forma eficaz, é fundamental que haja um esforço conjunto entre o poder público e organizações sociais no sentido de criar políticas de acolhimento estruturadas, garantindo que os imigrantes sejam conscientizados sobre as leis brasileiras e respeitem a cultura e os direitos da população local.
Para denúncias relacionadas à violência ou vulnerabilidade social, a Secretaria de Assistência Social disponibiliza o canal “Fale Assistência Social” (FAS), que recebe informações pelo telefone 161 ou 0800-7730161, além do WhatsApp (16) 3610-0687 e do site oficial. Já a Guarda Civil Metropolitana possui uma ouvidoria para receber denúncias, disponível pelo e-mail ouvidoria@guarda.ribeiraopreto.sp.gov.br ou pelo telefone (16) 3632-4747.
A convivência harmoniosa entre moradores e os indígenas Warao requer atenção das autoridades competentes, visando garantir o respeito mútuo, a segurança e o cumprimento das leis brasileiras por todos, independentemente da sua origem ou etnia.